Sub-Rede em Alimentação e Água da UNIMED promove diálogo sobre a valorização dos sistemas alimentares mediterrânicos no âmbito da Food Systems Summit 2021

A Sub-Rede em Alimentação e Água da UNIMED (União das Universidades do Mediterrâneo), em parceria com o MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da Universidade de Évora, e o CITAB – Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, promovem no dia 6 de Outubro um “Diálogo Independente” no âmbito da Cimeira das Nações Unidas (Food Systems Summit 2021) sobre o Futuro da Alimentação, com o tema: “Revalorizar os Sistemas Alimentares Mediterrânicos: A promoção dos produtos locais como estratégia para um consumo sustentável”.

O evento decorre presencialmente entre as 15h e as 17h, na Sala de Conferências do Edifício de Regentes Agrícolas do Pólo da Mitra, Universidade de Évora, mas será também transmitido via zoom através deste link: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/88411337377 .

Na Cimeira sobre Sistemas Alimentares, convocada pelo Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e que decorre no final de setembro, cidadãos e instituições, em todas as partes do globo são incentivadas a participar nesta cimeira histórica e a contribuir como partes interessadas vitais dos sistemas alimentares mundiais, promovendo a organização de Diálogos Independentes.

Este evento pretende assim, reunir um conjunto de participantes com distintos perfis, entre os quais cientistas, profissionais de gestão da qualidade e segurança alimentar, e produtores agro-alimentares para um debate animado e construtivo sobre como tornar o sistema alimentar local mais seguro, robusto e sustentável.

O diálogo terá como mote a revalorização dos Sistemas Alimentares Mediterrânicos como estratégia para um consumo sustentável, procurando evidenciar as cinco vias de ação da Food Systems Summit 2021:

1. garantir o acesso a alimentos seguros e nutritivos para todos;
2. mudança para padrões de consumo sustentáveis;
3. impulsionar a produção positiva para a natureza;
4. promover meios de subsistência equitativos;
5. criar resiliência a vulnerabilidades, choques e stresse.

Focará a sustentabilidade dos sistemas alimentares locais, através da aplicação de estratégias que promovam a produção e o consumo de produtos locais, entre as quais os Circuitos Curtos Agroalimentares. Pretende-se, também, discutir boas práticas para a salvaguarda das paisagens alimentares mediterrânicas, entre as quais o desenvolvimento de políticas públicas que visam a valorização dos produtos endógenos e tradicionais, que simultaneamente garantam a regeneração dos solos, a inovação alimentar, a qualidade e a segurança dos alimentos. Será, também, tema de diálogo a “Dieta Mediterrânica” declarada património cultural imaterial da humanidade pela UNESCO e considerada pela FAO como um bom exemplo de dieta sustentável, “amiga do ambiente” e resiliente às alterações climáticas. O debate será alicerçado na estratégia “Farm to Fork” para um sistema alimentar justo, saudável e respeitador do ambiente, publicada pela Comissão Europeia em 2020. Procurar-se-á discutir a relação e a complementaridade entre os sistemas produtivos globais e os sistemas alimentares locais; o papel desempenhado pela agricultura familiar de pequena e média dimensão; a importância da agricultura biológica, da agro-ecologia e do conhecimento ecológico tradicional para a conservação da biodiversidade nos sistemas alimentares.