C. Pinto-Cruz é professora Associada na Universidade de Évora e possui uma vasta experiência em ecologia e conservação, particularmente em ecossistemas mediterrânicos. O seu tema de doutoramento centrou-se na ecologia e dinâmica das comunidades vegetais de charcos temporários mediterrânicos na costa sudoeste de Portugal continental. Antes, obteve o grau de mestre em Gestão de Recursos Biológicos pela Universidade de Évora (2002) e a licenciatura em Biologia Vegetal Aplicada pela Universidade de Lisboa (1997).

Os seus interesses de investigação incluem o estudo da diversidade vegetal e a dinâmica dos ecossistemas, procurando integrar os fatores bióticos e abióticos para produzir conhecimentos para uma melhor gestão, conservação e restauro dos ecossistemas. A sua área de trabalho abrange diversos tipos ecossistemas, incluindo habitats de água doce, com particular destaque para charcos temporários, o agroecossistema Montado e sistemas agrícolas como a vinha e o olival. A sua publicação académica inclui mais de 25 artigos em revistas internacionais com revisão por pares, 7 livros e 7 capítulos de livros, dando assim contributos significativos para o estudo da dinâmica das comunidades vegetais, gestão e conservação de ecossistemas mediterrânicos, com recurso a abordagens inovadoras tais como a gestão da vegetação com base em prática agrícolas e em esquemas de pagamentos por resultados ambientais. No contexto das suas atividades de investigação, o seu trabalho de orientação resultou na conclusão de uma tese de doutoramento e de 12 teses de mestrado, e na atual orientação de 6 alunos de doutoramento.

É revisora regular de revistas internacionais e já participou em diversos júris académicos e comissões de avaliação para a atribuição ode prémios de investigação. Tem coordenado projetos importantes, incluindo o LIFE Charcos, financiado pela UE, que teve como foco a conservação de charcos temporários mediterrânicos; o financiamento concedido pelo Prémio ICNF – Uma Ideia Natural(2017) para recuperar espécies e habitats ameaçados de zonas húmidas; o projeto Plantas Nativas na Cidade, que promoveu a utilização de plantas nativas em ambientes urbanos, e o projeto Biomontado, onde foram testadas ações para salvaguardar biodiversidade, melhorar a conectividade da paisagem e promover a resiliência de agroecossistemas. Todos estes projetos visam em comum proteger, aumentar a resiliência e restaurar a natureza em Portugal, de forma alinhada com a estratégia para a Biodiversidade 2030 e a Lei do Restauro da Natureza, da EU.