Investigadores do Projeto OLEAdapt precisam da ajuda dos olivicultores para conhecer as variedades de oliveira cultivadas em Portugal
Uma equipa de investigadores do MED-UÉvora (Projeto OLEAdapt) desafia os agricultores, associações, cooperativas e empresas a estarem atentos aos olivais: ao registar a localização dos seus olivais e identificar as variedades associadas, ajuda-os a desenvolver uma base de dados de distribuição geográfica das variedades cultivadas em Portugal. A informação partilhada pelos olivicultores permitirá aos investigadores ajudar a indústria do olival a adaptar-se melhor às alterações climáticas, aumentando a resiliência desta cultura agrícola. A ideia é transferir conhecimento sobre quais as variedades que os olivicultores devem apostar no futuro.
É com esse objetivo que surgiu, em janeiro de 2021, o projeto OLEAdapt – Estratégia de Gestão de Pragas para a Resiliência e Sustentabilidade da Olivicultura Face às Alterações Climáticas, que desafia os agricultores, cooperativas e associações de agricultores e empresas ligadas ao olival a colaborar com os investigadores e a partilhar informação sobre a localização de olivais e respetiva identificação das diferentes variedades de oliveira (de nome científico Olea europaea) cultivadas em Portugal. Estes registos produzirão novo conhecimento, útil para todos os envolvidos, que terá uma aplicação real na vida dos agricultores, dotando-os de conhecimento sobre as variedades nas quais devem apostar no futuro.
“Conhecermos a distribuição atual das variedades de oliveira vai ajudar-nos a perceber, através de projeções para o futuro e considerando o cenário de alterações climáticas, quais serão as variedades mais resilientes e quais serão aquelas em que se deverá apostar em cada região do país. Para isto, é indispensável o apoio dos olivicultores e entidades associadas”, explica José Herrera, coordenador do projeto OLEAdapt e investigador do MED – UÉvora.
Os dados recolhidos vão ajudar os investigadores a obter informações mais precisas sobre as áreas de distribuição das variedades de oliveira cultivadas existentes em Portugal.
O projeto OLEAdapt é liderado pela Universidade de Évora, no qual participam vários investigadores do MED, e tem como parceiros o Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo (CEBAL) e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV). O projeto é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (PTDC/BIA-CBI/1365/2020).