Destaques do V Congresso Ibérico da Dehesa e do Montado
Nos dias 29 e 30 de outubro de 2024, o Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora, acolheu a quinta edição do Congresso Ibérico da Dehesa e do Montado. Esta foi a primeira vez que o congresso teve lugar em Portugal, reunindo cerca de 300 participantes de várias nacionalidades, com destaque para a presença de portugueses (56%) e espanhóis (41%).
O evento permitiu a reflexão sobre modelos de negócio e soluções para o Montado, tendo em conta os desafios das alterações climáticas e a baixa rentabilidade que o setor enfrenta e explorou oportunidades decorrentes do mercado de carbono e da biodiversidade. Os temas do congresso foram debatidos em três blocos “Estratégias para a gestão da Dehesa-Montado num contexto de alterações climáticas”, “Biodiversidade e exigências ecológicas como desafio e oportunidade de rentabilidade” e “Modelos de negócio para um sistema produtivo em risco”.
O público do V Congresso Ibérico da Dehesa e do Montado foi diversificado, contendo representantes da administração pública (23%), de empresas (23%), de produtores (18%), e de membros da academia (18%) e de associações (12%), reforçando o caráter colaborativo do evento. Os trabalhos destes dois dias com foco no Montado, distribuíram-se entre apresentações, mesas-redondas e uma exposição com pósteres científicos e demonstrações de modelos de negócio e projetos inovadores associados a produtos da Dehesa e o Montado. O congresso culminou com uma visita técnica a uma exploração de Montado, proporcionando uma análise prática do modelo de gestão.
O encontro foi organizado pela Universidade de Évora, através do MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento, a Innogestiona Ambiental, a APORMOR, a CICYTEX, a Junta de Extremadura, o Montado Living Lab e o projeto SOS_PRODEHESAMONTADO, com o apoio de várias entidades, incluindo a Universidade da Extremadura, ACTYVA, FEDEHESA, CEBAL e ACOS.
Esta edição reforçou a cooperação transfronteiriça e o compromisso com a sustentabilidade dos ecossistemas da Dehesa e do Montado e a necessidade de se reinventar face aos desafios que enfrenta.