“Porque cantam as corujas?” Atividade no Ensino Básico com Inês Roque do MED
Ainda no âmbito da Semana da Ciência e da Tecnologia promovida pela Ciência Viva, o MED-UÉvora, através do LabOr-Laboratório de Ornitologia, apresentou no dia 25 de novembro a oficina “Porque cantam as corujas?” na Escola Básica de Coruche. Todos os alunos desta escola, desde o pré-escolar ao 4.º ano do ensino básico, participaram na atividade, realizada em parceria com a associação Ambios Portugal.
Partindo de uma lenda sobre o nome da vila de Coruche (que tem corujas no brasão!) a investigadora do MED Inês Roque começou por abordar as aves de rapina noturnas como símbolos, passando depois à sua morfologia e ecologia. Ao mesmo tempo, guiada pelas pistas dos alunos, a bióloga e ilustradora Shirley van der Horst (Ambios) desenhou uma coruja – com todas as características que permitem a estas aves serem tão eficientes a caçar durante a noite!
Depois, os alunos puderam observar e ouvir as três aves de rapina noturnas mais comuns em Portugal: o mocho-galego, a coruja-do-mato e a coruja-das-torres. Neste workshop foi ainda desmistificada a crença mais enraizada em Portugal sobre o som destas aves: todos ficaram a saber que quando uma coruja canta não nos está a enviar “más notícias”, está sim a comunicar com outras corujas. Além de importantes para a marcação de territórios e formação de casais reprodutores, por exemplo, as vocalizações destas aves permitem aos investigadores identificar diferentes espécies e fazer contagens de indivíduos. Por estarem ativas durante a noite, muitas vezes estas aves são estudadas através dos seus sons, porque são mais difíceis de observar do que as aves diurnas.
Esta atividade fez também parte do programa “Cientistas na Escola” no âmbito do projeto da Noite Europeia dos Investigadores 2022 da Universidade de Évora.